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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Jovens levam o Evangelho e dignidade a comunidades ribeirinhas do Pará

                                                               Testemunho


Jovens levam o Evangelho e dignidade a comunidades ribeirinhas do Pará
Testemunho de evangelização

 

BRASILIA, quarta-feira, 19 de setembro de 2012 (ZENIT.org) - Propomos aos nossos leitores testemunho, enviado a ZENIT hoje pela assessoria de imprensa dos jovens conectados, narrando a evangelização nas regiões ribeirinhas de Belém do Pará.

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Por Edenice Pereira, equipe de comunicação da Caju – Belém

Uma hora. É o tempo que separa a cidade de Belém do distrito de Icoaraci, no Pará. Mas pegar a estrada de asfalto é só uma parte do caminho, que começou às 5h, quando os primeiros saíram de casa com destino ao Porto do Distrito. Apesar da hora ingrata para a maioria dos jovens, sorrisos e cumprimentos marcam a saída em uma pequena embarcação com destino a Ilha de Urubuoca. É hora da “estrada” de água.

Rio abaixo e aí foram eles, para seguir a tarefa que cumprem rigorosamente: a evangelização nas ilhas no entorno da cidade de Belém. O projeto é desenvolvido pela Pastoral das Ilhas, da Arquidiocese de Belém, que é formada pelas Comunidades Católicas Casa da Juventude (Caju) e Mar Adentro.

“É algo que a gente não mensura. A vocação missionária está dentro do ‘ser Caju’, é um serviço que fazemos com muito amor. É uma das melhores formas que encontro para levar ao mundo a Alegria da Ressurreição de Cristo”, explica Aline Sotão, uma das coordenadoras do grupo de Assistência Missionária da Comunidade Caju.  A Caju desenvolve o trabalho de evangelização realizando celebrações eucarísticas, formações sobre a Palavra e a vida na Igreja, além de trabalhos lúdicos com as crianças da região.

E para quem tem o ardor missionário no nome não seria diferente. A Comunidade “Mar Adentro” desenvolve, há sete anos, o trabalho junto às comunidades ribeirinhas, como são chamados os moradores do entorno dos rios. “A primeira necessidade que identifico nos moradores das ilhas é a sede de Deus. Como em qualquer outra região, o homem tem necessidade do encontro pessoal com Cristo. A partir daí percebo que eles têm necessidades de serem valorizados, amados como filhos de Deus e isto se dá através do reconhecimento da cultura própria deles  e também da conscientização da região metropolitana sobre  necessidades básicas que eles não têm acesso, por exemplo, saúde”, enfatiza a Supervisora da Missão em Belém, Léa Bizeto.

A missão abraçada pelos leigos tem transformado muitas realidades. Mudança que se percebe no jeito de dona Altamira Pimentel, aos 64 anos de idade, contar como a construção de uma pequena capela em uma palafita mudou o seu cotidiano. Dona Altamira, vizinha da capela, é a responsável pelos cuidados com a ermida.  “Antes as missas eram feitas na minha casa, agora recebemos as visitas. Eles nos ensinam a rezar, a viver melhor pra Deus”, a senhora só interrompe a conversa com a chegada de Erick, de 7 anos,  um de seus oito netos: “Bença vó!”. “Deus te acompanhe meu filho”, responde ela com um sorriso no rosto. E assim a evangelização segue de geração em geração.

Para o bispo auxiliar da Arquidiocese de Belém, Dom Teodoro Mendes, a presença da Igreja nas regiões mais distantes é caminho para a dignidade. “Todo este trabalho inclui a promoção humana. A Igreja também assume como parte de sua missão a defesa da justiça, da integridade, da criação. Onde o povo estiver, a Igreja tem que se fazer presente”, afirma.  Som Teodoro conta ainda que não se trata de um trabalho de assistência. “O que seria destas comunidades sem esses momentos? Isso os ajuda a crescer e a assumir o seu protagonismo local para que caminhem com seus próprios pés”, destaca.

Fonte: Jovensconectados

domingo, 16 de setembro de 2012

Filhos não são propriedade dos pais!

Entrevista com o Pe. Antonio, vice postulador da causa de beatificação dos pais de Santa Teresinha

Por Carmen Elena Villa
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 15 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- As relíquias dos pais de Santa Teresinha do Menino Jesus estão viajando por diferentes cidades da Itália. Estiveram na basílica de São Pedro, em Roma, desde o sábado passado até hoje, quarta-feira.
Bento XVI, em uma carta de preparação do VI Encontro Mundial das Famílias, apresenta Marie Zélie Guérin (1831-1877) e Louis e Martin (1823-1894) como «modelos exemplares de vida cristã para as famílias de hoje».
O Pe. Antonio Sangalli, vice-postulador da causa de canonização dos esposos, beatificados em 19 de outubro passado em Lisieux (França), acompanha sempre estas relíquias.
Esta é a entrevista que o Pe. Sangalli concedeu à Zenit:
– O que você acredita que os esposos Martin podem dizer às famílias de hoje?
– Pe. Sangalli: Neste casal eu posso admirar muitos aspectos. Um deles é o que o Santo Padre destacou em 11 de janeiro, ao batizar 13 crianças na Capela Sistina, quando dizia que os filhos não são propriedade dos pais. Eles viveram isso perfeitamente.
–Quais são as virtudes que você mais admira dos esposos Martin?
– Pe. Sangalli: Eles haviam perdido quatro filhos, mas não por isso se sentiam como donos da vida, do futuro, do destino dos demais filhos. Sentiam que eram colaboradores de Deus neste desígnio, oferecendo a dor e o sofrimento, implorando ao Senhor. «Somos esposos, somos colaboradores com Deus na vida, ministros e servos». E isso é muito fortes.
Jamais se sentiram como proprietários dos filhos. Não impuseram nada aos filhos. Os exemplos que estes filhos vislumbraram nos pais foi um estímulo para sua escolha de vida, porque viam que o pai e a mãe viviam uma experiência conjugal cristã radical.
Link: Zenit